sexta-feira, dezembro 26, 2008

Natal!

Há muito tempo que não passava o Natal com calor, e que calor, foi calmo fugi a agitação tipica da epoca, comprei as prendinhas para os amigos ocultos e pouco mais.
Soube-me bem não ficar stressada:)
A mãe e o mano estão nas Europas com muito frio e eu derrentendo.
Agora está na altura de pensar no que trará o ano novo, nos desafios, objectivos e metas que pretendo alcançar... peço pouco... resta saber se serei atendida antes do fim do ano faço um post dizendo o que quero em 2009, entretanto tenho que arranjar uma forma de tirar fotos a decoração de Natal da cidade de Luanda está kitch merece ser vista...

sábado, dezembro 20, 2008

E esta hein!

Estava de visita a um dos blogs que leio religiosamente e descobri este texto que agora compartilho.
(...)

Você sabe, o amor acaba.

É mentira dizer que não. Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 20 anos para terminar, talvez até mais. Mas um dia acaba e se transforma em outra coisa: amizade, parceria, parentesco, e essa transição não é dolorida se o amor foi devorado até a rapa.

Dor-de-cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote. O amor tem que ser vivenciado. Platonismo funciona em novela, mas na vida real demanda muita energia, sem falar do tempo que ninguém tem para esperar. E tem que ser vivido em sua totalidade. É preciso passar por todas as etapas: atração-paixão-amor-convivência-amizade-tédio-fim.

Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muitos anos, mas é importante que transcorra de ponta a ponta, senão sobra lugar para fantasias, idealizações, enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estar aberto para novos amores.

Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote, ficamos imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade, tudo o que a gente poderia ter dito e não disse, feito e não fez.

Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo.

Isso é que libera a gente para ser feliz de novo.

Martha Medeiros

in www.tresmentesperigosas.blogspot.com

domingo, dezembro 14, 2008

Calor...

Esta tanto calor, mas tanto calor que vou derreter tipo gelado de chocolate... esta tipo sauna do fitness kia kia kia

terça-feira, dezembro 09, 2008

Há sopa!

Eu gosto de sopa do seu paladar sopa sopa
eu gosto de sopa ao almoço e ao jantar....
Este é parte do refrão de uma das musicas da rua Sésamo que nunca esqueci rsrsrsrrsrsrsrs

Descobri desde que regressei que a sopa mais consumida é a de feijão que pode ser tomada às 8 da manhã caso tenhas tido uma noite daquelas ( relacionada com alcool é claro) ou se te espera uma longa odisseia a resolver questões administrativas. Também é tomada (aqui toma-se não se come sopa) à hora do almoço mas ao jantar nunca vi ninguém "tomar" rsrsrsrrsrsrs

Para ser boa tem que ter bastante tudo, feijão, massa, couve, cenoura e os indispensaveis chouriço e nacos de porco tipo mãos( quer-se as partes gordurosas que dão gosto) fica quase uma sopa de pedra bastante compacta....
Afinal é por vezes a única refeição quente que se tem por dia tem que encher a barriga por muito tempo.

Um conselho quando visitarem Luanda( no dia em que os preços dos bilhetes baixarem) não deixem de provar kuia bwé ya...

Djibuti

Angola

terça-feira, dezembro 02, 2008

Moçambique


Que tal duas fotos de países africanos por dia...
Recebi-as através de um email, não escolhi todas apenas as que me fizeram sentir em casa...

Burundi

sexta-feira, novembro 28, 2008

Bucay

Se+algu%C3%A9m+me+chama+ego%C3%ADsta+o+que+est%C3%A1+a+dizer-me%3F%0D%0AN%C3%A3o+penses+em+ti+pensa+em+mim.%0D%0AQuem+%C3%A9+o+ego%C3%ADsta%3F%0D%0A%0D%0ADesde+h%C3%A1+3+a+4+mil+anos+que+Talamude+diz%3A%0D%0ASe+eu+n%C3%A3o+pensar+em+mim+quem+o+far%C3%A1%3F%0D%0AE+se+eu+s%C3%B3+pensar+em+mim+quem+serei+eu%3F%0D%0AE+se+n%C3%A3o+for+agora+quando%3F%0D%0A%0D%0AExistem+3+categorias+de+pessoas%3A%0D%0A1-+a+que+quando+tem+frio+oferece+toda+a+sua+roupa+de+agasalho%3B%0D%0A2-que+aundo+tem+frio+veste+a+sua+roupa+de+gasalho%3B%0D%0A3-+quando+tem+frio+acende+uma+fogueira++para+se+aquecer+a+si+e+a+todos+os+que+queiram+disfrutar+de+calor.%0D%0A%0D%0AA+primeira+pessoa+%C3%A9+suicida+ % 3%A1+morrer+de+frio%0D%0AA+segunda+miser%C3%A1vel+morrer%C3%A1+sozinha%0D%0Aa+terceira+um+ser+humamo+normal+ o+e+ego%C3%ADsta+%28+acende+a+foguiera+porque+ele+tem+frio%29%0D%0AEu+quero+ser+aquele+que+acende+milhares+de+fogueiras%2C+e+mais+nainda+quero+ser+o+que+ensina+milhares+de+seres+humanos+a+acender+fogueiras.%0D%0A%0D%0ADefinitivamente+n%C3%A3o+sou+humilde.%0D%0A%0D%0AJorge+Bucay%0D%0A

domingo, novembro 23, 2008

Menongue!

Dentro em breve fotos de Menongue 4 dias nas terras do fim do mundo renderam algumas coisa ;)
Sabiam :
Que a Jamba onde o Savimbi se escondia fica a 710 km de lá e que aquela zona chama-se Luiana.
A provincia do Kuando Kubango faz fronteira com a Namíbia, Zambia e Botswana.
E que uma das linguas nacionais é Ganguela.

terça-feira, novembro 18, 2008

Ser Táxista

Ser motorista do famoso candongueiro soa-me a uma aventura, acho mesmo que alguns são mal entendidos, não é fácil conduzir um azul e branco num mercado tão apinhado.
O taxista deve ter um cobrador, quase sempre um adolescente que tenha boa voz e que "sele bem" que quer dizer chame a clientela e lote o carro rapidamente, o carro deve estar num estado minimamente apresentavel( há muitos que motor está a babar óleo e nem a chaparia se aproveita... isto faz-me lembrar a Ngaxi quem sabe um dia escreva sobre ela) e a música não deve ser muito alta mas isso depende dos passageiros, se forem os putos da escola quanto mais estridente for o som melhor, quer-se sentir o coração aos pulos... eu prefiro táxis sem rádio ou daqueles "tios" que preferem ouvir as notícias.

Porque digo que conduzir um táxi é uma aventura:

1- Pela manhã tens clientes que querem chegar rapidamente ao destino por isso convêm que saibas caminhos alternativos às estradas engarrafadas.

2- Se isso for impossível tens que saber dar "mbaia" ( passar à frente dos outros automobilistas) se não tens os clientes aos gritos porque estas a demorar muito.

3- Se durante os períodos engarrafados das-te ao luxo de "esnobar" clientela nos períodos mortos baixas os preços e quase que os carregas ao colo.

4- No fim do dia o teu Cobéle (cobrador) só quer dinheiro trocado porque já fizeram o dinheiro do patrão e querem juntar um pouco mais ao vosso.

Dicas para andar de D. Black

a) Tentar escolher um carro em condições ( por vezes há alturas que vai qualquer um porque só queres chegar a casa)
b) Ver se o condutor não está "boiado" (bêbado)
c) Ter paciência é uma virtude, tanto para encontrar o táxi que te leva ao destino quanto para o lugar.
d) Contar até 10 quando te mandarem emagrecer ou dizerem que o assento não é um cadeirão por isso tens que te apertar.

e) A evitar os lugares do meio, o em que o cobelé fica de rabo à tua frente os táxis apinhados de zungueiras ou as pessoas com cheiro a calor kia kia kia

Have a good trip!

segunda-feira, novembro 17, 2008

Los últimos pigmeos

Al citar a los pigmeos, muchos bantúes, la etnia mayoritaria de Camerún, dicen: "Mi baka". Y se refieren a ese hombre, mujer o niño que trabaja para ellos en la casa o en el campo. O en ambos. Criados o esclavos. A veces es un individuo; a veces, familias completas.

"Si aquí enferman y mueren de ese mal del corazón que dice, quizá deberían irse a otro lugar del bosque", le sugiere alguien a Romeo Ntinty, de 42 años, jefe bantú del village de Ajoameoojh (unos 400 habitantes), cerca de Lomié, al este del país. Él se queda sorprendido con la sugerencia. Y algunos de los Angoula, la familia a la que se refieren, se van congregando, en silencio, observando a los visitantes, periodistas y trabajadores de la ONG Plan Internacional (de sus delegaciones de Camerún y España; esta última organiza el viaje) llegados hasta su campamento para observar sus condiciones de vida, como población indígena y minoría étnica que son. "Los pigmeos no tienen derechos sobre la tierra ni documentos de identidad; muy pocos están escolarizados; sus condiciones de salud, higiene y alimentación son precarias, y dependen para subsistir de otras tribus...", había resumido antes, en Bertoua, Denis Tchounkeu, coordinador del programa Derechos y dignidad de los baka, en marcha en esta zona en la que la ONG se implica desde hace dos ros (de hecho, los primeros niños que apadrinaron al llegar al país en 1986 fueron pigmeos).

Los Angoula y sus vecinos viven en chozas llamadas mongulus; en pequeños claros que son un respiro en esta selva tupida, opresiva, abrasadora, en la que todo es exceso: la luz, el calor, los tonos de verdes y los mosquitos. Hace años, para encontrar pigmeos (para ellos, este término es peyorativo; prefieren ser llamados baka o badgeli) era necesario internarse en el bosque hasta toparse con esas construcciones minúsculas recubiertas con hojas secas de palmera, donde viven casi agazapados a la espera de salir de caza. Nómadas en sociedad cohesionada -organizados en matrimonios monógamos y familias nucleares abiertas, los niños son libres y se buscan la vida solos, los jóvenes solteros disfrutan del , hay divorcio y los ancianos son autoridad-, se establecen en un lugar, y no sólo es la búsqueda de sustento lo que les hace moverse, también la muerte: cuando alguien fallece, se trasladan y lo dejan en paz. Ahora, a los baka se les ve cada vez más en los bordes de la jungla, deambulando en esa tierra de nadie que son las pistas forestales...

Una larga caminata por una senda zigzagueante jalonada de arbustos y de especies gigantescas de árboles nos ha traído hasta aquí. Hasta un paraíso. Y eso que sólo se trata de las estribaciones de la selva húmeda, una de los grandes bosques de África Central; más exactamente, la zona del campamento BA1 del parque natural de Dja, Reserva de Biosfera de la Unesco y Patrimonio de la Humanidad. La mayor parte del territorio aquí continúa siendo virgen. Y ahí, en su interior, los baka son maestros.

"No", responde el jefe bantú, Ntinty, rotundo a la propuesta de traslado de la familia Angoula. "No pueden irse". ¿Por qué no? "Porque ellos trabajan para mí. Trabajan para mi familia desde hace décadas". ¿Quiere decir que es usted su propietario? "Sí, antes pertenecieron a mi padre, y ahora, a mí". Y para certificarlo, escribe los nombres de las familias de su propiedad en la libreta: los Wombo, los Ngopka, los Mbelanga.

"La esclavitud existe. Pero, aun cuando no sea así, el Estado mismo y los bantúes no nos reconocen como ciudadanos de derecho", había contado en Lomié el presidente de Asbak, Valere Akpakoua, una ONG integrada en la red RACOPY, que agrupa a otras locales con objetivo común: mejorar la vida de su pueblo. "Y hoy, al contrario de lo que sucedía antaño, las relaciones bantúes-pigmeos son de confrontación. Hay mucho conflicto sobre la tierra. La necesitamos para sobrevivir".

Que los Angoula son pigmeos salta a la vista. Al igual que lo son los individuos que surgen, ahora y luego, aquí y allá, de entre la vegetación, machete en mano y con un saco a la espalda de tela o paja trenzada, que sujetan con correas a la cabeza, para transportar frutos, cortezas, bayas, leña... Cuerpos os con talla de adolescentes y cráneos grandes, piel oscurísima, pelo negro y rizado, los ojos saltones, la nariz ancha y aplastada, los labios prominentes. Son descendientes de los primeros habitantes de Camerún, una de las etnias más antiguas de África. Se calcula que son unos 300.000 en una decena de países. Y con un futuro incierto. Como les sucede a la mayoría de pueblos indígenas, esos casi cinco mil grupos étnicos en el mundo (unos 300 millones de personas). "El derecho internacional ha reconocido ampliamente sus derechos territoriales, pero no existe lugar donde estén libres de persecución", apuntan en Survival Internacional.

El territorio de los baka es el bosque. Y, como cazadores virtuosos, se nutren de la caza del antílope, cerdo, mono...; de la pesca y la recolección. Curanderos reconocidos, saben utilizar la selva como farmacia gigantesca en sus raíces, cortezas, hojas. Amantes de la música y el canto (hay un grupo, Baka Gbine, que ha viajado a Europa, ver www.baka.co.uk), para ellos el bosque está repleto de sonidos y mensajes, tiene su propio espíritu, Edjengui, el dios generoso y personal que les proporciona cuanto necesitan.

En simbiosis han vivido durante siglos y nunca fue problema para nadie. Hasta que la explotación de la madera, el oro verde, ha comenzado a adquirir dimensiones colosales. El ingreso por las exportaciones del sector maderero en Camerún se ha multiplicado por 25 en una década. Y las selvas tropicales aquí se han convertido en botín para las empresas forestales, los cazadores furtivos, los madereros ilegales; para las arcas del Estado y para mucho intermediario. Para comprender el volumen del negocio, basta intentar entrar por carretera a la capital, Yaoundé, al caer la tarde. Allí está la escena: kilómetros y kilómetros antes de llegar, los camiones aparcados en las cunetas, cargados de cuatro o cinco ejemplares de árboles, a la espera de cruzar la ciudad. "Sólo se puede de noche, hasta las siete de la mañana; luego seguimos camino a Douala, al puerto, a Europa", cuenta François Tsabang, uno de los conductores.

La madera exótica está de moda en Europa. Italia y España son de los mejores clientes. El Estado es propietario de los bosques y existe una legislación clara sobre su explotación, pero "no se aplica", dicen en la Organización Internacional de la Madera Tropical (OIMT). La jungla está cedida a pedazos a compañías que talan al mismo ritmo que acaban con la flora y expulsan a la fauna (hombres incluidos). Nueve empresas extranjeras (datos de 2004) tenían 3,15 millones de hectáreas de concesiones (de una zona forestal permanente de 12,8 millones de hectáreas, ese mismo año; para la FAO eran 16 millones en 1989). Una segunda Amazonía.

El sudor cae a chorros sobre los rostros de todos en la reserva de Dja. Posa el patriarca Angoula con Ntinty para las fotografías, y entre ellos, aunque se les pida que se acerquen, queda siempre un hueco, un espacio físico, una distancia inmensa. Quizá la percepción de la posición que cada uno tiene de sí y del otro. "La autoestima. Individual y de grupo. Fuera del bosque no existe. Somos los últimos de los últimos", había afirmado en A -Mbang Heleine Aye Mondo. Ella es la fundadora de Caddap, una asociación cuyas siglas la definen: centro de acción para el desarrollo permanente de los pigmeos autóctonos. ¿No es ella misma una excepción, como mujer y como baka?: "No creas, entre nosotros la mujer es fiera y ocupa un rol muy poderoso: construye el mongulu, trae a los hijos, los educa y no hay ninguna decisión que el hombre no le consulte". Y puntualiza: "Yo misma no obtuve mi ciudadanía hasta 2003". Muestra un papel, el gran logro último: un certificado de nacimiento que permite obtener la tarjeta de identidad. "Muchos pigmeos no saben ni del uno ni de la otra; ni cómo conseguirlos. No controlan la lengua oficial, ni los mecanismos administrativos, ni dónde hacerlo. Sin papeles no existimos".

Unos 50.000 baka habitan este país que es como un tesoro (se calcula que en Congo son cuatro veces más). Abres la tapa de este arcón de 475.500 kilómetros cuadrados, poco menos que España, y allí se reúnen todos los paisajes y climas (sabana, al norte; tropical, en el resto), 240 etnias y otras tantas lenguas. Camerún lo tiene todo: el monte homónimo, de 4.100 metros de altura; 400 kilómetros de costa y unos 16 millones de hectáreas de bosques. "Hay casi el doble de zonas naturales y de especies protegidas que en Kenia, pero pocos lo saben", dice Esther Ekoye, la ingeniero agrícola de Plan que ha preparado nuestra ruta. "La pequeña África", la llaman, de tanto que posee este país con crisis económicas recurrentes: ocupa la posición 148 de 177 en el Índice de Desarrollo Humano de la ONU; el 22% de la población urbana y el 50% de la rural vive con menos de un dólar/día. Y entre las etnias que conforman sus 17 millones de habitantes, esa "tribu de enanos" que gritaban los exploradores del siglo XIX a los cuatro vientos siempre fue preciado objeto de literatura, asunto de atracción casi mitológico. Lo sigue siendo: los pigmeos son esos tectón de ficción del africanista Albert Sánchez Piñol en su novela Pandora en el Congo. O cinematográfico: el drama titulado Man to man, de 2005, cuenta la historia tan común de dos pigmeos trasladados en jaulas a Escocia para ayudar a buscar el eslabón perdido. U objeto de investigación, como el homo floresiensis, descubierto en la Isla de las Flores, que sería cual pigmeo de los pigmeos actuales (1,50 metros), pues sólo medía 1.10. Incluso su organización social prehistórica es alabada hasta el punto de ayudar a explicar hoy os de management: así lo hace en su Equipos de alto rendimiento: lecciones de los pigmeos, el profesor de Harvard Manfred F. R. Kets de Vries. "La sociedad pigmea es un buen ejemplo de lo que puede hacer la confianza a la hora de simplificar y agilizar los procesos de toma de decisiones, y ofofrece varias lecciones útiles para crear equipos de trabajo eficaces".

Lo pigmeo en el imaginario colectivo. Al preguntar al director de Plan en Yaoundé, Amadou Bocoum, por los grupos más primitivos, aquellos que se escarifican la piel, danzan en ceremonias secretas o prohibidas o permanecen desnudos, él se sorprende. El tópico del antropólogo a la caza de uras milenarias antropófagas sobrevuela la escena. "Ya no existen como tal. Todos tienen contacto con la civilización. Ésa es su realidad hoy y su drama. Nosotros debemos trabajar por la modernidad", concluye. Y, desde sus dos metros de altura, dice que él procede de Mali y que su tatarabuelo también fue nómada. Sonríe como diciendo: "Y en este mundo ¿quién no lo es?".

Si han de asentarse, que lo hagan bien, parece ser la filosofía de ésta y muchas organizaciones de ayuda a los pueblos indígenas. Otras, como Survival Internacional, también, pero ven en el propio proceso de asentamiento un mal ya vivido una y otra vez que provoca males mayores: muertes por enfermedades de contacto, obesidad por sedentarización y alimentación procesada, suicidios, adicciones... Su informe de agosto último lo dice todo: El progreso puede matar. "Los proyectos que desalojan a los indígenas de sus tierras e imponen el progreso causan una miseria incalculable. Esto no es sorprendente: el progreso -la convicción de que 'nosotros sabemos más'- comparte con el colonialismo el efecto de apropiación de tierras y recursos nativos. Los indígenas no sobreviven a esta situación. Por el contrario, cuando están en sus propias tierras y eligen su propio desarrollo, simplemente prosperan". Para ilustrarlo, una frase de un bosquimano: "Primero nos hacen indigentes, al quitarnos nuestras tierras, nuestra caza y nuestro modo de vida. Luego dicen que no somos nada porque somos indigentes".

Al avanzar por la selva, suena una música de insectos y pájaros siempre de fondo... Y de muchas cosas más que el visitante no identifica. Mejor. Dicen que aquí abundan los gorilas de llanura, que hay elefantes, leopardos, más de 300 especies de pájaros, camaleones, tortugas y ¡pitones y víboras...! Mejor no pensarlo y rememorar la anécdota que narra la única guía en castellano sólo de Camerún que encontramos en España. Su autor es Joan Riera, africanista y antropólogo apasionado del país: "En 2000, dos guardas forestales afirmaron haber visto a un gran reptil... Los baka hablan de que habita pantanos y ríos remotos de la jungla... Algunos de sus cazadores dibujan la silueta del gran lagarto de cuello largo en el barro fresco... Podría tratarse de uno o varios ejemplares de saurópodo, especie de dinosaurio semiacuático que mediría más de 10 metros y se habría extinguido hace millones de años". Lo llaman mokele mbembe, "el que para las aguas del río".

El día anterior nos detuvimos en dos asentamientos baka a pie de pista (en la mayoría de recorridos por el Este no hay carreteras asfaltadas; las mejores pistas están en las explotaciones forestales), el de Mayos y el de Menzoh. El primero está dirigido por un jefe baka, Lazard Ngongo, y una jefa de desarrollo, bantú, Georgette Natouma. Una excepción. Cuenta con medio millar de habitantes de las dos comunidades, que habitan en casas de barro; disponen de escuela mixta, pozo y letrinas comunes, además de un museo donde exponen objetos que los relacionan con su forma de vida tradicional. Monitores bantúes y baka, Colette Yie y Mathieu Sangou, muestran cada objeto con orgullo: armas de caza, cestos, el traje de madera para las ceremonias o ritos iniciáticos. El jefe Ngongo, bajo de talla, dientes afilados como es costumbre, gran bigote y ojos enormes, hierático, habla de las grandes dificultades para sobrevivir. Añade: "Plan ha construido nuestras casas y me ha dado el móvil. Se lo agradezco". El centro de salud más cercano está a 10 kilómetros. Y eso obliga a la curandera, Therese Lendo, de 50 años, a trabajar extra: "Los ataques epilépticos, las locuras de la cabeza y cosas de mujeres", dice, es lo que más trata. "En el bosque vivimos mejor", comentan algunos hombres, "pero hay restricciones de caza".

Plan asegura que esta comunidad y la de Bosquet y Bonando, que visitaremos luego, es donde más se aprecia lo conseguido: interacción, intercambio, participación, escolarización, formación técnica y agrícola... Por primera vez hay un consejero municipal que es baka, y en Bertoua, un grupo de ellos emiten un programa de radio que es como un grito, Baka, je suis. "Nutrición, educación y tierra". Ése, decían en Asbak, es el secreto para que su ura sobreviva. "Y el cambio de mentalidad que llegará en la siguiente generación".

El asentamiento de Menzoh es bien distinto: niños malnutridos, jóvenes pululando desocupados, ancianos deteriorados y la mayoría de hombres os alcoholizados, la única actividad posible en este lugar de casas de barro barridas por el polvo rojizo que levanta el trasiego continuo de camiones. Un reguero que viene de los países vecinos. Como las lágrimas de ese bosque "que llora", que dicen ellos. Y sí, podría ser: basta ver los troncos gigantescos de sapelli, moabit, ayous, azobe e iroco cruzar en toda su longitud a cada rato... "Ése, cien años; ése, más; ése, otros tantos...". Quizá no sea llanto, pero sí la prueba evidente de que el mundo pigmeo se desvanece ante sus propios ojos. Y no se engañan. Para confirmarlo les bastaría consultar los informes de organizaciones como la OIMT, del IWGIA, del WWF o el WRM en Internet. Sirvan los de Greenpeace: "El bosque africano de los grandes simios se extendía antaño a lo largo de África, desde Senegal a Uganda. Ahora no. Cerca del 85% de este bosque primario se ha destruido y la industria maderera amenaza el resto. Desde la pasada Cumbre de la Tierra de Río, África tropical ha incrementado en un 25% su tasa de deforestación. Y una parte de esta región ha incrementado su producción de madera en más de la mitad desde mediados de los noventa".

Al marchar, la comunidad de Menzoh en pleno se reúne para una foto: caras tristísimas, deterioro físico apreciable. Nada que hacer, poco que comer y menos que desarrollar, sin formación para los nuevos tiempos. Sólo el círculo vicioso de las ayudas de las ONG, que ellas mismas intentan como pueden romper. Pierre Katabo, director de Plan en Bertoua, califica su tarea de emergency action: "Sus condiciones lo son, necesitan desarrollarse, es urgente darles capacidades para vivir por sí mismos".

Yendo más hacía el Este, camino de Yokadouma, donde se concentra un 40% de pigmeos, entre camiones averiados en mitad de las pistas y asentamientos, cruzamos poblados madereros que lucen como uno imagina debían ser los mineros en el Oeste americano: olor a madera mojada, luces tenues, mucho hombre y herramienta, la cantina y las prostitutas sentadas en los bungalós. Por supuesto, mejor no parar, ni traspasar verjas, ni acceder a las pistas reservadas, ni preguntar siquiera. "Es verdad que las madereras dan trabajo, pero los grandes beneficios no son para la comunidad, sino para los intermediarios", cuenta Victor Amougun, presidente de la ONG Cefaid. Añade que en Yokadouma, ciudad de frontera con la parafernalia propia de su condición (pobreza, delincuencia, misioneros, burdeles, mucha tienda, mucho tráfico y muchos recién llegado en busca de oportunidades), la situación para los baka es extrema. "En todos lados los consideran intrusos". Desde su asociación les acompañan y asesoran para que sepan defenderse con la burocracia y las leyes. Que denuncien abusos. "El gran problema es la ignorancia. Su sabiduría sobre el bosque es inmensa, pero nadie la reconoce". En Congo, dice, emplean a muchos como guías. "Aquí los han usado, a veces, para identificar especies de árboles buscados. Y luego los talan. O para cazar animales concretos, y luego los encarcelan por ilegales. Les engañan. Ellos ya no confían". Y sí: hay algunos que trabajan dentro de las explotaciones. "¿Qué otra cosa pueden hacer?".

Luego, Martin Sigawie, de la tribu bimo, nos acerca hasta Akambi, donde ayer nació el pequeño baka Banguy Heman, de padres documentados, con nombre y apellido. "Un corto trecho, primero; otro largo, después, y llegamos", dice Martin. Pero anda tan deprisa que es difícil seguirle. La hilera de personas detrás se deshilacha. De nuevo surge la imagen del gorila, la víbora o el mono al acecho. Pero mucho rato, mucho calor y mucha selva después, quienes aparecen son Madeleine Ayola, Madeleine a secas, Emiliane y su bebé, y Mary. Ninguna mayor de 14. No saben leer o escribir, nunca han visto una cámara digital, ni contemplado su propia imagen, o escuchado su voz. A la blanca extranjera visitante le enseñan sus casas, sus bebés, sus ropas... Se sientan luego a mirar. Y cantan. Sin remedio, hay que preguntarse qué será de ellas.

Y en el medio del claro, solos, rodeados de árboles inabarcables, cuenta Martin que el poder aquí pasa de padres a hijos, pero que el jefe bantú de Nya a, el poblado más cercano, afirma que si el bosque es de todos y los baka estaban ya antes en él, suyo es. Y eso es un paso. Aunque sea pigmeo.


Fonte: El Pais 17/11/08

quarta-feira, novembro 05, 2008

Yes we can!

Por mais que gostemos ou não dos Estados Unidos da América, na madrugada de hoje fez-se História...
O desejo de mudança prevaleceu aos expectros da diferença racial, hoje o mundo conheceu o novo presidente americano, casado pai de duas meninas, filho de pai negro e mãe caucasiana nascido no Havai e com o dom da oratória.
Não adianta escorrer montes de ilações sobre a campanha, sobre a vitória esmagadora ou sobre o desalento republicano.
É bom pensar que se testemunhou mais uma página da história, que afinal o ser humano consegue mudar e quebrar barreiras. Parece-me que hoje estamos todos( os que gostam e acreditam em mudanças) mais inspirados, motivados e felizes afinal são dias assim que nos fazem gostar de viver.

That God protect u Barack Obama!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Naugthy girl

Se eu fosse cordeiro, freira e com escrúpulos era tudo mais fácil...
Menina libidinosa, que nem sempre pensa no que faz ...
Cadê o sentimento, o aninhar gostoso e o melaço...
FUGIUUUUUUUUUUUUU!

Bad bad girl.....

terça-feira, outubro 21, 2008

Os Fardos

Vou acabar com o mito da ajuda aos países pobres...
Se vives na Europa, América, Ásia ou Oceania e alguém te disser para contribuires para ajuda aos países em vias de desenvolvimento com situações de guerra ou afins, doando roupa, brinquedos etc amigo certifica-te pois como vim a descobrir por estas paragens "sulanas" o que é doado quando chega aqui é comercializado o seu nome... FARDO
Pessoas sem muito "kumbu" é no fardo que conseguem vestir a família. Falando a angolano você vai na boutique cú no ar, vê quem grita mais arêo arêo e encontras arêo nas minha bolsas 300 kz ou arêo na minha blusa 100 kz Tá bom ou não tá bom... Tá muito booooommmmmmmmmm

Dicas:
Vê bem o produto, para ver se não falta alguma coisa...
Procura em várias vendedoras...
E discute sempre, mas sempre, o preço se complicar finge que vais embora, se for no final do dia ou se não tiver vendido nada vai chamar-te e aceitar o teu preço :)

segunda-feira, outubro 20, 2008

Deixas...

Deixas que bata a porta e entre devagarinho?
Prometo só ocupar um espacinho ...
Deixas que te tire do teu mundinho?
Vá la é só por um bocadinho...
Deixas-me conhecer-te?
Ensinas-me a viver sem temer?
E se no fim doer saberei sempre que mesmo assim valeu a pena...

domingo, outubro 19, 2008

Marujo

Há assuntos que para mim ainda são tabu um deles são as crianças que vivem na rua e cheiram gasolina. Não compreendia bem porque vivem assim e ninguém as ajuda.
O Tiago contou-me a história de um menino de rua, o Marujo, que ficou conhecido pois no sitio onde vivia houve um curto-circuito ficou queimado levaram-no para Alemanha onde acabaram por amputar-lhe o antebraço mas conseguiu uma prótese e voltou.
Afinal o Marujo, tinha familia mas fazia-se passar por deslocado de guerra, vivia na rua porque a mãe tinha-o abandonado e o pai quando bebia batia-lhe e punha-o para fora de casa, a rua e a gasolina eram mais seguras... depois do incidente ainda tentou viver com os familiares mas desistiu abandonou a prótese e voltou para a rua sendo seu paradeiro incerto...
O Marujo se ainda for vivo já é homem feito, mas como ele há muitos que saem de casa por diversas razões, procura de uma vida melhor na capital, partir à aventura ou a violência doméstica.
Os que são das províncias pensam que aqui conseguirão ganhar dinheiro na zunga mas sem capital inicial torna-se dificil por isso optam por engraxar, arrumar carros ou, para os que dormem nos buracos dos prédios ou nas suas imediações, ajudar as senhoras nos trabalhos domésticos, cartar água, subir com as compras etc.
Como li num jornal, para se proteger formam grupos que disputam os sitios onde dormem, sem muito dinheiro a gasolina engana a fome e a liamba põe-nos num estado "Se bem"...
Nesta história toda resta-me perguntar por onde anda o Estado das obras de requalificação e da melhoria de vida dos cidadãos...

terça-feira, outubro 07, 2008

É dreda ser Angolano!

Não consegui ver o documentário mas deixo aqui umas linhas sobre o que é ser dreda em Luanda...

- É dreda ser angolano quando o candongueiro não aparece, há um enorme engarrafamento e tu vens a pé para o trabalho..( e ainda querem por a circular uma frota de mini-bus e limitar a circulação de candongueiros às zonas periféricas)
- É dreda ser angolano quando vês centenas de adolescentes e crianças que abandonaram as suas províncias e vieram para Luanda com a esperança de uma nova vida e acabam sendo, engraxadores, lavadores de carros, zungueiros ou no pior dos casos dependentes de gasolina que ganham uns trocos como arrumadores de carros dormem na rua e de vez em quando brincam( porque afinal eles são apenas miúdos perdidos)
- É dreda ser angolano, ao passar por qualquer rua e ver as zungueiras(mulheres que vendem desde roupa a comida e que passam o dia a caminhar pelas ruas a apregoar os seus produtos) com os seus filhos de tenra idade muitos nem 2 anos têm a dar banho aos seus rebentos com um saquinho de àgua que custa 30 kz
Tentando fugir ao negativismo também kuia ser angolano...
- Kuia ser angolano, quando comes a banana e o om( mandioca) com jinguba
- Kuia ser angolano nos dias em que em situações que davam para desesperar todo o mundo se une
- Kuia ser angolano porque há coisas que só sabes e entendes quando estas aqui....

segunda-feira, setembro 29, 2008

Depilação brasileira

Há dias em que não apetece escrever nada intelectualmente estimulante nem sequer bem pensado é por isso que hoje escrevo sobre como encarar uma depilação às virilhas também conhecida por total ou brasileira.
Para fazer depilação à brasileira convém :
- Não ser "choramingas", é vergonhoso uma gaja que quer ficar sem pêlos que durante o processo desata aos gritos e a agarrar a mão da esteticista...
- Ter os cabelitos num comprimento aceitável, quanto maiores mais dificil arranca-los...
- Deixar a vergonha de lado, é total logo a esteticista vai olhar para a tua "menina" e não adianta tentar fugir (lol)
- Respirar fundo contar até três e aguentar quando arrancam os pêlos dos "lábios"....
- Escolher sempre um sitio que não reutilize a cera...
- Encontrar uma esteticista que seja rápida e não muito faladora...

Há quem goste de os ter eu particularmente já não, e arrepio-me quando vejo aquelas pererecas selvagens ultra-cabeludas, mas respeito os que detestam mulheres que têm o como se fosse uma criança... ainda bem que tenho something more rsrsrsrrsrsrsrrs

sábado, setembro 27, 2008

My favorite things!

* Uma cama acabada de fazer com lençois limpos
*Cheiro de terra molhada
*Um dia de sol
*Ficar no sofá num dia de chuva a beber chocolate quente
*Cheiro de tarte de maçã
....

quarta-feira, setembro 24, 2008

Bahia Quem Tem Dendê

Bahia, nossa Bahia
Capital é Salvador
Quem não conhece Capoeira
Não sabe o seu valor
Capoeira veio da África
Africano é quem eu sou
Outros podem aprender
General, tambem doutor
Quem desejar aprender
Venha aqui em Salvador
Procure o Mestre Pastinha
Ele é o professor
Bahia que tem dendê
Bahia misteriosa, terra do maculelê
Bahia que tem dendê
Bahia de Santo Amaro
de Pastinha e Aberrê
Bahia que tem dendê
Bahia, velha Bahia
não posso te esquecer
Bahia que tem dendê

segunda-feira, setembro 22, 2008

Fez um ano!

Foi ontem... fez um ano que já cá estou parece que não passou assim tanto tempo e nem sei se fico contente para dizer a verdade estou num misto de saudade com esperança de que importante possa acontecer.
Fazendo um balanço antes de vir confiava e achava que tudo iria correr bem, eu iria dar aulas e contribuir à minha maneira para este país... doces ilusões
Afinal todos sabiam que podia ser "gato" (correr mal como se diz na gíria) mas deixaram-nos cair no "jajão" (engano) foi bom pois aprendemos por nós e eu vi que mais uma vez tenho a capacidade de mudar e adaptar-me não estou ainda como gostaria de estar... mas acredito que lá chegarei..
No decorrer deste ano conheci melhor as pessoas da família(que ninguém escolhe), chorei com saudades da mãe, irmão ,amigos, vida e comodidade, criei laços ainda mais fortes com a minha xiambre, descobri a minha fé e continuo a aprender o que é viver em Angola e ser angolano...

segunda-feira, setembro 15, 2008

A areia!

Segunda-feira aquele dia horrível de ínicio de semana, fiz um esforço saí da cama depois de mais uma noite de luta com mosquitos ainda sou europeia pois só depois do repelente consegui dormir... para quando o paludismo...
Pois bem vou até ao Rocha Padaria, compasso de espera e lá aparece um S. Paulo 150 Akz, carro lotado e ainda esperamos pelo motorista que foi beber uma cuca(cerveja nacional) devia ter pressentido que esta seria uma segunda diferente...
Como de costume vamos pelos becos do bairro para cortar caminho, quando chegamos a uma ruelazita ligeiro engarrafamento, motivo: os miudos do bairro que obstruem a passagem cobrando 50 Akz aos taxistas.
O taxista cumpre a fila até chegar a sua vez, não sei o que pensou e avança sem pagar, os miúdos esquivam-se mas mais a frente alguém atira um balde de areia que entra pela janela do condutor... taxista e alguns passageiros todos sujos gera-se a confusão, uns riem-se outros reclamam eu sempre tão calada resolvo fazer uma advertência, desta passou mas imaginem se fossem pedras seria muito pior os meus companheiros de viagem dão-me razão o motorista diz que não dá para pagar os míudos que constantemente querem dinheiro para beber daí foi um pulo para a situação do país, para as eleições e para as expectativas do cidadão comum.
Foi curioso ver que a juventude está consciente, que votou "M" pelas promessas de melhores condições de vida e que já não quer saber do que a Unita fez ou deixou de fazer, pois como alguém disse: "matar... mataram os dois."
Será que daqui a 4 anos votam novamente MPLA?
O que interessa é que aos poucos as pessoas vão pensando nos seus direitos e é para mim muito bom que se tome consciência, pois ao contrário do sugerido pelo taxista não dá para beber umas cucas e esquecer da vida.

sábado, setembro 13, 2008

Kaya!

Desde que me conheço por gente os meus tios tratam-me por Kaya, acho mesmo que antes de me conhecer já tinha sido apelidada.
Sempre achei que fosse por causa do meu nome que também tem "K" e "I" mas afinal, como vim a descobrir a algum tempo atrás, sou Kaya por causa do Tio Bob Marley, pois na altura o álbum era muito ouvido em casa da avuelita, e eram eles que tomavam conta de mim quando a minha mãe ia trabalhar.
Infelizmente não tenho recordações desses tempos "kayados" sei o que me contam...
Que dormia em baixo da mesa mesmo com muito barulho, que gostava de andar de colo em colo e ficar a vê-los jogar as cartas com os seus amigos.
Deve ser por isso que gosto de colo rsrsrsrsrsr e que o tio Bob é só mais um dos meus tios....

segunda-feira, agosto 18, 2008

Cretxeu...

Minha cretxeu dizer que se tem saudades já é algo adquirido sintimo-las de igual modo mas nos últimos dias tenho-as sentido mais intensamente, posso culpar a TPM que me deixa sentimental mas período já veio e foi e as saudades continuam por aqui...
Sinto muito a tua falta aquela coisa de que ninguém é insubstituivel é e não é verdade porque para mim não há quem te substitua, és a minha amiga do coração a que me compreende a quem posso contar tudo sem receio, a que me dá na cabeça quando preciso, a que vai para os copos que curte aquele som e dá o mesmo toque na dança, a que passeia e senta na esplanada a estigar meio mundo, a com quem vou as compras e dá dicas fixes quer seja de roupa ou comida, a que adora comer e experimentar coisas novas, a que vai ctg ao cinema e divide o pacote de picocas misto porque tu gostas de salgadas e ela de doces, a que te encobre quando vais fazer alguma das tuas macacadas, a com quem vais ao ginásio e se ri da figura triste que fizeste, a que te empresta aquelas roupas e sapatos cools, a que não compete contigo e a que acima de tudo respeita o teu espaço...
Este é um post que não quer ser lamechas, quero so dizer que és muito importante para mim que mesmo distante continuas presente em todos os aspectos da minha vida...

terça-feira, julho 29, 2008

...

É bom:
- Dormir sem roupa
- Sentir o calor de outro corpo
- sussurrar
- pele com pele
- um abraço para nanar aconchegados
...

sexta-feira, julho 25, 2008

Quem seria no Sexo e a Cidade...

Qual Samantha ou até mesmo Carrie eis que depois de fazer o teste straw seria nada mais nada menos que.....

Você é Miranda: Você tem um espírito independente e proclama alto e bom som que o amor não é prioridade – o que não deixa de ser verdade, mas esconde também algum medo de ficar só.É muito opinativa e mesmo sarcástica

Quem me conhece que opine rsrrsrsrsrsrsrsrrs

quinta-feira, julho 17, 2008

Reverência ao destino!

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, julho 12, 2008

Eu queria!

Eu queria....
- Ser mais alta
- Ter uma barriga tanquinho
- Os pés mais pequenos
- O meu piercing na língua de volta
- Saber falar mais línguas
- Viajar
- Não ter medo de fazer o wahoo
- Não ter medo de amar...

quinta-feira, julho 03, 2008

Común mapa que trazo cuando nos miramos

Alturas de ti,extremidades de mí, labios, lunas
y el resto de una pobre mitologia con la que no te alcanzo,
con la que jamás llego al corazón de un cuerpo,
estanque o cetro, mundo y sitio. Alturas de ti,
extremidades de mi. Enredaderas, salivas,
tentáculos. Donde la noche cerró las puertas, donde perdí la vida,hace ya cuánto?
en el mismo lugar en que olvidé el lenguaje de palabras
o de abrazos con que proclama estar vivo aquel que ama

Santiago Montobbio

sexta-feira, junho 20, 2008

Depois de tanta ausência...

Fico tempos sem escrever não porque queira mas nem sempre há inspiração, tempo, disposição e muito mais terminado em ão...
Aprendo a viver um dia de cada vez, passo a vida a reiniciar esta estratégia de viver day bye day, a adaptar-me a Luanda, aos cheiros, às pessoas e a não deixar-me esmagar pelas expectativas acreditando sempre que se vive de escolhas e como adulta que sou fiz as minhas nem sempre as mais acertadas... e depois o frio na barriga e mais à frente o pensamento positivo vou conseguir porque ainda nem um ano tenho de Angola e já "reviravoltei" a minha vida...
Há dias em que as saudades de Portugal são muitas, dos amigos, da comodidade de coisas tão pequenas que até faz impressão, mas a lembrança do desafio mantém a cabeça erguida e suplanta a Drama queen que vive em mim.
Escolhi viver aqui e até achar que se esgotaram todas as possibilidades é por aqui que vou ficar, acreditando sempre que há um anjo que olha por mim e que neste sítio onde parece que Deus não mora se pode ser feliz.