Tempo!

Ando um pouco atarefada e sem tempo para escrever umas linhas, antes de voltar ao trabalho aqui estou.

I
Há dias a minha prima contou-me que uma empresa aqui em Luanda faz segregação, os "expatriados" sentam-se todos juntos e os negros também. Um seu amigo desafiou o instituido e foi sentar-se com o color side, logo o amigo é expatriado. Isto é que é Angola sec. XXI....

II
Fui ao Elinga sexta passada, curti o ambiente e o som ,eu que nem sou muito bum bum, para aí as 2 da matina começa uma chuva primeiro fraquinha depois um temporal foi o máximo ninguém saiu da pista e foi dançar ao som do beat e ficar completamente ensopados parecia uma cena do Matrix.
Só não curti umas tipas podres de bêbadas a atirarem-se para cima dos gajos e outras que devem fazer de dormir com outros profissão é revoltante ver pessoas que podem ser o que quiserem descer tão baixo e forçar situações. Como mulher senti-me mal e pensei nuns miúdos que tinham visto durante a semana com um bocado de cartão onde tinham escrito Amigo(a) dá uma ajudinha, esses ainda são crianças e deviam era estar na escola mas as matronas de calção e rabo quase de fora não sei como tentar justificar as tristes cenas que vi...

III
Chove em Luanda, bairros alagados estradas com buracos e pandemónio no trânsito. Os dias amanhecem cinzentos e as noites ficam mais frescas... Estamos no Verão, ou melhor no tempo do calor.

IV
Ainda não começamos a gravar mas a equipa do QQSM está a bumbar e com intensidade, a cumplicidade já se vai sentindo, nem que seja com a partilha de histórias tipo a do tio do ar condicionado... kia kia kia

Quase!

Foi-me enviado esta manhã pelo P.


QUASE

Ainda pior que a convicção do não, a incerteza dotalvez, é a desilusão de um "quase".
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudoque poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou aindaestuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou nãoamou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéiasque nunca sairão do papel por essa maldita mania deviver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher umavida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. Aresposta eu sei de cor, está estampada na distância efrieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, naindiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre aalegria e a dor, sentir o nada, mas não são.Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,o mar não teria ondas,os dias seriam nublados eo arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que nãopodem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória édesperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; prosamores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar umcoração vazio ou economizar alma.Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,fazendo que planejando,vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo,quem quase vive já morreu!!!

Luis Fernando Veríssimo

Cherish the day

E hoje acordei assim:

You're ruling the way that I move
And I breathe your air
You only can rescue me
This is my prayer

If you were mine
If you were mine
I wouldn't want to go to heaven

I cherish the day
I won't go astray
I won't be afraid
You won't catch me running
You're ruling the way that I move
You take my air

You show me how deep love can be

You're ruling the way that I move
And I breathe your air
You only can rescue me
This is my prayer

I cherish the day
I won't go astray
I won't be afraid
You won't catch me running
I cherish the day
I won't go astray
I won't be afraid
Won't run away

You show me how deep love can be
You show me how deep love can be
This is my prayer

I cherish the day
I won't go astray
I won't be afraid
Won't run away
Won't shy

I cherish the day
I won't go astray

I cherish the day ...

Words: Sade Adu
Music: Sade Adu, Andrew Hale and Stuart Matthewman

O Óbito

Para aqueles leitores que dizem que eu não falo nada do que é viver em Angola, sim Luísa esta é para ti, aqui vão umas coisitas.
Acho que o Blog serve para falar da minha vida e das coisas que me interessam não quero com isto dizer que não deva falar de coisas sobre a sociedade e modo de vida angolano, mas para dar um ar mais sério há bolgs como o Pululu ou Angola Ideias e Debate.
Eu sou aquela miúda que às vezes acha que ainda tem uma cabeça muito formatada para o Portugal, cada vez mais pequenino, mas isso também não interessa nada...
Resolvi escrever sobre como é encarada a morte quando estava em conversa com a minha prima ontem à noite, pois gozou comigo e disse que eu tinha que saber sobre as nossas tradições.
Eu não sabia que no dia do enterro só se pode servir peixe, feijão de olho de palma, mandioca, batata doce e banana. Que a carne e os bolos só são servidos na missa de 7º dia e na de 30º que todos os que conheceram o defunto vão à casa onde está a decorrer o "Komba", só se chama assim a partir da missa de 7º dia, e comem e bebem e dormem se for o caso.
Segundo uma letra do músico Yannick as pessoas agoram vão a funerais de quem não conhecem para poder comer e beber à borla e se algo faltar ainda reclamam e dizem o óbito não tá bom...
Há valores que se estão a perder e não adianta tentar justificar com é por causa da guerra, porque essa já lá vai....

Hello Kitty!

Assumo eu adoroooo a olá gatinha é um neco tão giro... kia kia kia não tenho 10 anos mas gostar de bonecos não faz de mim menos adulta.
Ás vezes é preciso saber rir de nós mesmos e encarar a vida com um pouco de imaturidade.

O mambo

Sabem aquele gajo com quem tiveste um mambo, numa altura "Wilde" da tua vida em que és demasiado imberbe e achas que o bom mesmo é papar e não te prenderes a ninguém...
E anos depois voltas a encontrá-lo não rola química, ainda pensas no que curtias nele mas mesmo assim népias.
O mambo tem um defeito que odeio, eu sei que sou uma miúda cabeça aberta que não se escandaliza à toa, mas quando a química não bate ouvir constantemente que te querem saltar para a espinha cansa. Quando se tem uma tesão descomunal pelo sujeito a coisa no início ainda vai mas depois de ouvir sempre as mesmas balelas o miolo atrofia.
Não tenho nada contra quem me quer levar a conhecer o caminho da felicidade e que seja directo, tenho sim é contra os gajos que em vez de toparem que a conversa só serve para matar a minha libido, insistem e persistem mesmo depois de dizer que não tem volta...