Vou acabar com o mito da ajuda aos países pobres...
Se vives na Europa, América, Ásia ou Oceania e alguém te disser para contribuires para ajuda aos países em vias de desenvolvimento com situações de guerra ou afins, doando roupa, brinquedos etc amigo certifica-te pois como vim a descobrir por estas paragens "sulanas" o que é doado quando chega aqui é comercializado o seu nome... FARDO
Pessoas sem muito "kumbu" é no fardo que conseguem vestir a família. Falando a angolano você vai na boutique cú no ar, vê quem grita mais arêo arêo e encontras arêo nas minha bolsas 300 kz ou arêo na minha blusa 100 kz Tá bom ou não tá bom... Tá muito booooommmmmmmmmm
Dicas:
Vê bem o produto, para ver se não falta alguma coisa...
Procura em várias vendedoras...
E discute sempre, mas sempre, o preço se complicar finge que vais embora, se for no final do dia ou se não tiver vendido nada vai chamar-te e aceitar o teu preço :)
Momento de descontracção, onde exponho o que me vai na alma... em suma o meu mundo
terça-feira, outubro 21, 2008
segunda-feira, outubro 20, 2008
Deixas...
Deixas que bata a porta e entre devagarinho?
Prometo só ocupar um espacinho ...
Deixas que te tire do teu mundinho?
Vá la é só por um bocadinho...
Deixas-me conhecer-te?
Ensinas-me a viver sem temer?
E se no fim doer saberei sempre que mesmo assim valeu a pena...
Prometo só ocupar um espacinho ...
Deixas que te tire do teu mundinho?
Vá la é só por um bocadinho...
Deixas-me conhecer-te?
Ensinas-me a viver sem temer?
E se no fim doer saberei sempre que mesmo assim valeu a pena...
domingo, outubro 19, 2008
Marujo
Há assuntos que para mim ainda são tabu um deles são as crianças que vivem na rua e cheiram gasolina. Não compreendia bem porque vivem assim e ninguém as ajuda.
O Tiago contou-me a história de um menino de rua, o Marujo, que ficou conhecido pois no sitio onde vivia houve um curto-circuito ficou queimado levaram-no para Alemanha onde acabaram por amputar-lhe o antebraço mas conseguiu uma prótese e voltou.
Afinal o Marujo, tinha familia mas fazia-se passar por deslocado de guerra, vivia na rua porque a mãe tinha-o abandonado e o pai quando bebia batia-lhe e punha-o para fora de casa, a rua e a gasolina eram mais seguras... depois do incidente ainda tentou viver com os familiares mas desistiu abandonou a prótese e voltou para a rua sendo seu paradeiro incerto...
O Marujo se ainda for vivo já é homem feito, mas como ele há muitos que saem de casa por diversas razões, procura de uma vida melhor na capital, partir à aventura ou a violência doméstica.
Os que são das províncias pensam que aqui conseguirão ganhar dinheiro na zunga mas sem capital inicial torna-se dificil por isso optam por engraxar, arrumar carros ou, para os que dormem nos buracos dos prédios ou nas suas imediações, ajudar as senhoras nos trabalhos domésticos, cartar água, subir com as compras etc.
Como li num jornal, para se proteger formam grupos que disputam os sitios onde dormem, sem muito dinheiro a gasolina engana a fome e a liamba põe-nos num estado "Se bem"...
Nesta história toda resta-me perguntar por onde anda o Estado das obras de requalificação e da melhoria de vida dos cidadãos...
O Tiago contou-me a história de um menino de rua, o Marujo, que ficou conhecido pois no sitio onde vivia houve um curto-circuito ficou queimado levaram-no para Alemanha onde acabaram por amputar-lhe o antebraço mas conseguiu uma prótese e voltou.
Afinal o Marujo, tinha familia mas fazia-se passar por deslocado de guerra, vivia na rua porque a mãe tinha-o abandonado e o pai quando bebia batia-lhe e punha-o para fora de casa, a rua e a gasolina eram mais seguras... depois do incidente ainda tentou viver com os familiares mas desistiu abandonou a prótese e voltou para a rua sendo seu paradeiro incerto...
O Marujo se ainda for vivo já é homem feito, mas como ele há muitos que saem de casa por diversas razões, procura de uma vida melhor na capital, partir à aventura ou a violência doméstica.
Os que são das províncias pensam que aqui conseguirão ganhar dinheiro na zunga mas sem capital inicial torna-se dificil por isso optam por engraxar, arrumar carros ou, para os que dormem nos buracos dos prédios ou nas suas imediações, ajudar as senhoras nos trabalhos domésticos, cartar água, subir com as compras etc.
Como li num jornal, para se proteger formam grupos que disputam os sitios onde dormem, sem muito dinheiro a gasolina engana a fome e a liamba põe-nos num estado "Se bem"...
Nesta história toda resta-me perguntar por onde anda o Estado das obras de requalificação e da melhoria de vida dos cidadãos...
terça-feira, outubro 07, 2008
É dreda ser Angolano!
Não consegui ver o documentário mas deixo aqui umas linhas sobre o que é ser dreda em Luanda...
- É dreda ser angolano quando o candongueiro não aparece, há um enorme engarrafamento e tu vens a pé para o trabalho..( e ainda querem por a circular uma frota de mini-bus e limitar a circulação de candongueiros às zonas periféricas)
- É dreda ser angolano quando vês centenas de adolescentes e crianças que abandonaram as suas províncias e vieram para Luanda com a esperança de uma nova vida e acabam sendo, engraxadores, lavadores de carros, zungueiros ou no pior dos casos dependentes de gasolina que ganham uns trocos como arrumadores de carros dormem na rua e de vez em quando brincam( porque afinal eles são apenas miúdos perdidos)
- É dreda ser angolano, ao passar por qualquer rua e ver as zungueiras(mulheres que vendem desde roupa a comida e que passam o dia a caminhar pelas ruas a apregoar os seus produtos) com os seus filhos de tenra idade muitos nem 2 anos têm a dar banho aos seus rebentos com um saquinho de àgua que custa 30 kz
Tentando fugir ao negativismo também kuia ser angolano...
- Kuia ser angolano, quando comes a banana e o om( mandioca) com jinguba
- Kuia ser angolano nos dias em que em situações que davam para desesperar todo o mundo se une
- Kuia ser angolano porque há coisas que só sabes e entendes quando estas aqui....
- É dreda ser angolano quando o candongueiro não aparece, há um enorme engarrafamento e tu vens a pé para o trabalho..( e ainda querem por a circular uma frota de mini-bus e limitar a circulação de candongueiros às zonas periféricas)
- É dreda ser angolano quando vês centenas de adolescentes e crianças que abandonaram as suas províncias e vieram para Luanda com a esperança de uma nova vida e acabam sendo, engraxadores, lavadores de carros, zungueiros ou no pior dos casos dependentes de gasolina que ganham uns trocos como arrumadores de carros dormem na rua e de vez em quando brincam( porque afinal eles são apenas miúdos perdidos)
- É dreda ser angolano, ao passar por qualquer rua e ver as zungueiras(mulheres que vendem desde roupa a comida e que passam o dia a caminhar pelas ruas a apregoar os seus produtos) com os seus filhos de tenra idade muitos nem 2 anos têm a dar banho aos seus rebentos com um saquinho de àgua que custa 30 kz
Tentando fugir ao negativismo também kuia ser angolano...
- Kuia ser angolano, quando comes a banana e o om( mandioca) com jinguba
- Kuia ser angolano nos dias em que em situações que davam para desesperar todo o mundo se une
- Kuia ser angolano porque há coisas que só sabes e entendes quando estas aqui....
quarta-feira, outubro 01, 2008
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