Pronto! finalmente ganhei coragem para escrever o que vi e o que me vai na alma...
Cheguei ao Cunene, cheia de expectativas o Colégio, o trabalho, as amizades era tanta coisa nova, a terra um pouco inóspita(há fotografias que posteriormente colocarei), as pessoas que nos olhavam com um ar desconfiado, o dialecto dificil de perceber( ai crioulo comparado com o kwanhama que fácil que és), as vacas, galinhas e cabras passeando livremente tudo tao novo e aliciante...
Descobri que o meu nome é kwanhama, que este povo do sul alimenta-se essencialmente de carne, que vivem em pequenas comunidades numas cubatinhas, minúsculas para pessoas tao altas, cercadas com uns paus onde vive a família toda e os animais, que para além da chicha bovina e caprina também adoram outras iguarias como uns sapos grandes de nome mafuma e caes com raiva.
Que os homens sao poligamos, que o ritual de iniciacao feminino chama-se "fico" ( as meninas têm de/que ficar várias semanas em casa sem serem vistas por estranhos sao as mulheres da família levam comida e só depois do período estipulado podem voltar a sair) e que há muita gente infectada com o vírus da sida (males da fronteira com a Namíbia e do pensamento suicida "do só acontece aos outros")
A adaptacao ao clima foi complicada, muito calor tempo extremamente seco, poeira em tudo quanto era canto e os bichos que gostavam particularmente de mim( fui bem mordida, mas estranhamente nao por mosquitos que por aquelas bandas sao dificeis de encontrar)
A electricidade ao contrario de Luanda faltava poucas vezes, ou melhor dizendo durante um período faltou pontualmente as 19.30 por cinco minutos. No que diz respeito a água bem .... é super cara, muito escassa e por vezes com sal a mais....
E por hoje chega que já estou com sono e sem inspiracao....
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